quarta-feira, 6 de outubro de 2010

duas luas...

Você viu a cor daquele céu?
Era tão azul, não?
Mas depois nunca mais se viu.
Vi por pouco tempo, tempo suficiente.
Parte do tempo ainda bêbado!
Embriagados pelo desejo...
Mas veja só o quão é cinza, manchas brancas.
Um tom quase que diário.
Agora ficaram lá as duas luas brilhantes.
Na sinfonia barulhenta.
Latas enfurecidas.
Que cortam agora o tempo que se foi.
Das noites frias lá fora, quentes ao adentrar.
O colo quente, do beijo doce e lento.
A s duas luas de testemunhas...
O medo ainda constante de não mais ver o brilho falso.
Dos poucos olhos verdadeiros que vi...

E agora por andarás aquele lindo céu azul?
Pensando mais diferente, pensando somente.
Diferente do que eu, talvez.
E ando rápido tentando apagar o que não se deve.
Mas se fez necessário, em algum momento perdido.
Ao passo dos novos ventos.
Que cortam o concreto.
A massa cinza que ainda tem um brilho.
Não um, mas dois.
Pares de olhos lindos.
Que ali desfilam, colorindo as manchas brancas.
Sem sal.
Porem eu já sábio, sabendo dos fatos.
A vida e seus percalços.
Não sei se essas lindas luas brilharam mais uma noite.
Não para esse pobre.
O céu voltara azul, para ambos.
Em outros caminhos.
Viver agora com essas lindas lembranças, sempre.
Grato.
Ao sorriso inocente, olhos que piscam suavemente.
De lagrimas sinceras.
Ficam...

Mas o céu aquele céu lindo azul límpido.
Aquece nas memórias meu peito ainda frio.
Cauteloso, mas feliz...
Por saber que tive meu momento de ser feliz, ate mais do que poderia lidar...

Obrigado.

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