quarta-feira, 6 de outubro de 2010

rumos.

O que era pra sempre acabou.
O que seria impermeável mofou.
Inundou dois lados distantes.
Arrastou pra longe os depósitos.
Afundou num lamaçal.
Ate o pescoço com isso.
O que era forte, hoje não abre uma porta.
Arrasta-se, lento sem vibração.
Pois o que era pra sempre acabou.
O tempo implacável.
De segundos que se tornam dias.
De correntezas contra.
Pedaços de velhas embarcações batem no peito.
Arraste-se lentamente ao fundo.
Fingindo não ser isso mesmo.

Mas o que era pra sempre se foi.
Talvez pelo ralo junto dos detalhes.
Do mesmo copo dividido.
Dos mesmos dilemas.
Estranho pensar que é fácil depositar algo em alguém.
Mas extremamente difícil retirar isso.
Algumas poucas vezes.
Raras.

Mas o tempo esta batendo a minha porta.
Avisando que há pouco tempo.
Que não tenho o direito de perder mais esse tempo.
Com o que se foi, ficou.
Os caminhos se foram, de vez.
Gradativamente, no passo lento, e foi embora junto com o que era pra sempre...

Um comentário: