Poucos se vêem de perto, poucos se tocam.
Mal olham.
Ignoram, fazem vistas grossas.
Poucos sentem de perto, atropelam.
É o desencontro próximo.
O cumprimentar já frouxo.
O andar cansado.
O desespero já estagnado.
Poucos se percebem, pouco se faz.
O mais fácil ao alcance.
O mais, bem mais alem.
Já se torno rotineiro.
O caminhar alucinado.
Os ombros em choque.
O chão grudento.
A velocidade desacelerando a paciência.
O choque, o vazio.
Ininterrupto, nunca mais se viu.
Nunca mais se tocou.
Foi mas ainda não partiu.
E poucos ainda param, ainda falam.
Percebem ao toque.
Olha no olho.
Para um pouco, mesmo que por alguns segundos.
Suficiente ao pouco que se vale.
Mas vai, caminhe acelerado.
Eu não vou esperar.
Eu não vou ficar.
O tempo se foi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário