terça-feira, 28 de setembro de 2010

horas lentas

As horas passam lentas, torturam a ansiedade que corrói a paciência.
A saudade que não perdoa cadeia das vontades, prisão do querer.
Às vezes quilômetros, às vezes trens ou metros.
Outrora ate vidas que prolongam a chegada.
Lentamente do passo acelerado.
Formalmente descompensado.
Querendo chegar logo, querendo a ansiedade lá em outras vizinhanças.
Fingindo o tudo bem.
Forçando o fazer.
Querendo cada vez mais perto.
Querendo o doce beijo do mistério.
Do não saber quando será a próxima vista.
Os próximos afagos.
Cadê?
As promessas ficam como as tatuagens que carrego em mim.
As lembranças são muito mais fortes que essas cores.
A vontade do estar comigo sempre aqui.
As horas continuam cada vez mais lentas, às vezes acho que não são mais nem horas.
Talvez despercebido sejam ate vidas.
Que passam por mim, despercebidas.
A paciência perdida de tanto esperar.
Mas que não fez toda aquela vontade acabar.
Fez só aumentar a cada descompasso da hora.
Faz-se belo o aguarde.
O ser paciente com o destino.
Mas mesmo com esse discurso todo.
Quero de corpo e alma.
Quero de volta toda minha calma.


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